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Vendas no varejo param de subir em abril, após recorde em março

Apesar da variação negativa de 0,4%, o setor de Varejo ainda se mantém em um patamar elevado, segundo dados do IBGE

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 jun 2025, 09h31

Depois de três meses seguidos de crescimento, as vendas do comércio varejista ficaram praticamente estáveis em abril, com uma leve variação negativa de 0,4% em relação a março. Apesar da pausa, o setor ainda se mantém em um patamar elevado, já que março registrou o maior nível da série histórica iniciada em 2000, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 12, pelo IBGE.

Essa estabilidade já era esperada, segundo Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio. Para ele, o crescimento nos meses anteriores dificulta novos avanços. “Existe o efeito base. O patamar anterior foi recorde. É muito mais difícil subir”, explicou.

Na média do trimestre encerrado em abril, o volume de vendas ainda registra alta de 0,3%. Já na comparação com abril do ano ado, o avanço foi de 4,8%. No acumulado de 2025, a alta chega a 2,1%, e nos últimos 12 meses, a 3,4%.

O desempenho do comércio ampliado, que inclui veículos, materiais de construção e atacado alimentício, foi mais fraco. O volume de vendas caiu 1,9% frente a março, puxado principalmente pela forte queda no setor de veículos, que recuou 7,1%. Foi a maior retração desde julho de 2022, após uma sequência de promoções e campanhas que impulsionaram os resultados nos primeiros meses do ano.

Entre os setores do varejo, os resultados de abril mostram um cenário dividido. De um lado, houve perdas em combustíveis e lubrificantes, material de escritório e informática, hipermercados e móveis e eletrodomésticos. Do outro, registraram alta as vendas de livros e papelaria, artigos de uso pessoal, roupas e calçados, além de medicamentos e itens de perfumaria.

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O setor de hipermercados, que tem o maior peso dentro da pesquisa, foi um dos que mais influenciaram o recuo geral. Cristiano lembra que o orçamento das famílias está mais pressionado. “Mesmo com a inflação geral em queda, os alimentos continuam subindo. Isso pesa no bolso e afeta diretamente esse setor”.

Na comparação com abril do ano ado, cinco das oito atividades pesquisadas cresceram. As maiores altas foram nas lojas de artigos de uso pessoal e doméstico, roupas e calçados, além dos supermercados. Por outro lado, segmentos como informática, livros e combustíveis registraram queda nas vendas.

No varejo ampliado, todos os setores adicionais caíram. Além da retração nos veículos, houve perdas no material de construção e no atacado alimentício.

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